quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Evitar tragédias sem punir o povo.

Acredito na combinação de dois fatores para esses acontecimentos trágicos da natureza: Ocupação irracional e irregular e ações populistas dos nossos governantes. Acredito também, que para resolver essa situação , as autoridades máximas deveriam encontrar uma fórmula de apenar aqueles que vierem a ser diretamente responsáveis, sem impor penalidades ao povo municipal. Dever-se-ia punir os agentes públicos responsáveis e premiar os municípios que evitarem a ocupação de áreas de risco. E tudo poderia ser feito de forma rápida e eficiente, ou seja, com medida provisória, projeto de lei ou emenda constitucional, pois para atender a interesses dos políticos, especialmente os econômicos, resolvem com apenas uma reunião e na calada da noite. Basta vontade política, apenas.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Educação: da quantidade à qualidade.

A presidente Dilma promete priorizar a educação. No Brasil, apenas 10% da população concluíram o ensino superior; 23% o médio, e 36% não terminaram o fundamental. O ministro Fernando Haddad se compromete a adotar tempo integral no ensino médio, combinando atividades curriculares com aprendizado profissionalizante.

São promessas às quais se soma a de aplicar 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação (hoje, apenas 5,2%, cerca de R$ 70 bilhões).


Por Frei Beto

"O governo Lula avançou muito na área: criou 14 universidades públicas e mais de 130 expansões universitárias; a Universidade Aberta do Brasil (ensino a distância), cuja qualidade é discutível; construiu mais de 100 câmpus universitários pelo interior do país; criou e/ou ampliou escolas técnicas e institutos federais e, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), possibilitou a mais de 700 mil jovens o acesso ao ensino superior.

Outro avanço é a universalização do ensino fundamental, no qual se encontram matriculados 98% dos brasileiros de 7 a 14 anos. Porém, quantidade não significa qualidade. Ainda há muito a fazer. Estão fora da escola 15% dos jovens entre 15 e 17 anos. Ao desinteresse, principal motivo, alinham-se a premência de trabalhar e a dificuldade de acesso à escola.

Tomara que a proposta de tempo integral do ministro Haddad se torne realidade. Nos países desenvolvidos os alunos permanecem na escola, em média, oito horas por dia. No Brasil, quatro horas e meia. Pesquisas indicam que, em casa, passam o mesmo tempo diante da TV e/ou do computador. Nada contra, exceto o risco de obesidade precoce. Mas como seria bom se TV a emitisse mais cultura e menos entretenimento e se na internet fossem acessados conteúdos mais educativos!

Os estudantes brasileiros leem 7,2 livros por ano, dos quais 5,5 são didáticos ou indicados pela escola. Apenas 1,7 livro por escolha própria. E 46% dos estudantes não frequentam bibliotecas.

No Programa Internacional de Avaliação de Alunos 2009 (Pisa), aplicado em 65 países, o Brasil ficou em 53º lugar. Na escala de 1 a 800 pontos, nosso país alcançou 401. No quesito leitura, 49% de nossos alunos mereceram nível 1 (1 equivale a conhecimento rudimentar e 6 ao mais complexo). Nível 1 também para 69% de nossos alunos em matemática e para 54% em ciências.

O Pisa é aplicado em alunos(as) de 15 anos. Nas provas de matemática e leitura, apenas 20 alunos (0,1%), dos 20 mil testados, alcançaram o nível 6 em leitura e matemática. Em ciências, nenhum. No conjunto, é em matemática que nossos alunos estão mais atrasados: 386 pontos (o máximo são 800). O Ministério da Educação apostava atingirem 395. Na leitura, nossos alunos fizeram 412 pontos, e em ciências, 405.

Estamos tão atrasados que o Plano Nacional de Educação prevê o Brasil alcançar, no Pisa, 477 pontos em 2021. Em 2009, a Lituânia alcançou 479; a Itália, 486; os EUA, 496; a Polônia, 501; o Japão, 529; e a China, campeã, 577.

Nos países mais desenvolvidos, 50% do tempo de instrução obrigatório aos alunos de 9 a 11 anos e 40% do tempo para os alunos de 12 a 14 anos é ocupado com ciências, matemática, literatura e redação. E, no ensino fundamental, não se admitem mais de 20 alunos por classe.
Onde está o nosso tendão de aquiles? Na falta de investimentos – em qualificação de professores, plano de carreira, equipamentos nas escolas (informática, laboratório, biblioteca, infra desportiva etc.).

Análise de 39 países, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2010, revela que o investimento do Brasil em educação corresponde a apenas 1/5 do que os países desenvolvidos desembolsam para o setor. EUA, Reino Unido, Japão, Áustria, Itália e Dinamarca investem US$ 94.589 (cerca de R$ 160 mil) por aluno no decorrer de todo o ciclo fundamental. O Brasil investe apenas US$ 19.516 (cerca de R$ 33 mil).

Embora a Organização Mundial do Comércio (OMC) tenha insinuado retirar a educação da condição de dever do Estado e direito do cidadão e transformá-la em simples negócio – ao que o governo Lula se contrapôs decididamente –, os 5,2% do PIB que nosso país aplica na educação são insuficientes. O que favorece a multiplicação de escolas e universidades particulares de duvidosa qualidade. Entre os países mais ricos, derivam do poder público 90% do investimento em ensinos fundamental e médio.

Ainda convivemos com cerca de 14 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais. Sem contar os analfabetos funcionais. Dos 135 milhões de eleitores em 2010, 27 milhões não sabiam ler nem escrever. Faltou ao governo Lula um plano eficiente de alfabetização de jovens e adultos.

Tomara que Dilma cumpra a promessa de criar 6 mil creches e o Ministério da Educação se convença de que alfabetização de jovens e adultos não se faz apenas com dedicados voluntários. É preciso magistério capacitado, qualificado e bem remunerado.

Todos gostariam que seus filhos tivessem ótimos professores. Mas quem sonha em ver o filho professor? Na Coreia do Sul, onde são tão bem remunerados quanto médicos e advogados, e socialmente prestigiados, todos conhecem o provérbio: “Jamais pise na sombra de um professor”."

domingo, 9 de janeiro de 2011

Estilo de Dilma se contrapõe ao de Lula.

Na primeira semana de governo, presidente aparenta ser mais rígida, evita exposição e se dedica a série de reuniões

Para não comer sozinha e aproveitar o tempo, Dilma chama ministros para almoçar com ela no gabinete presidencial e quer mais rapidez nas decisões do governo,dando sinais de que vai agir rapidamente e nao quer deixar os problemas se agravarem para resolvê-los.Isso, segundo auxiliar da petista que trabalhou com Lula.Como exemplo, a medida anunciada para combater a desvalorização cambial que, para ela, é algo grave e o governo nao pode ficar esperando as coisas melhorarem,sem antes tomar medidas nesse sentido. Além disso, atitudes como repreender o general José Elito Siqueira, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, por ele ter dito que a existência de desaparecidos políticos no país nao deve ser motivo de vergonha, o que merceu dela uma "puxão de orelha" sem criar outra crise,repreender também Mantega por anunciar que o governo vetaria qualquer aumento do mínimo acima do R$540, dizendo que ministro sugere e quem veta é a presidente e, por último, e só pra ficar em alguns poucos exemplos, dar ordem ao ministro da justiça para que embrulhasse o almoço e fosse comer no planalto,pois teria que falar com ele e com urgênia, isso porque ele pedira a ela 15 minutos o que ela nao aceitou.Em suas palavras, como podemos perceber,ela tem sido"rigorosa" e "cuidadosa".

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Brasil é um país 'sem educação'

NÁDIA HELENA BRAGA - Professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte

Faço minhas as suas palavras, cara colega.E, ainda acrescento: O problema torna-se mais grave,quando comprovamos que as outras partes (família e Governo)que deveriam estar inseridas obrigatoriamente nesse contexto, simplesmente, travestiram-se de Pilatos, lavando-se as mãos. É triste, mas é uma realidade!

"Leio muitos artigos sobre a educação no Brasil que são publicados em revistas de grande circulação. Às vezes, fico revoltada com o que leio porque os autores desses artigos ficam muito presos a estatísticas e pesquisas acadêmicas.

É muito comum apontarem que o baixo rendimento dos alunos estaria na formação deficiente dos professores, que não saberiam motivar seus alunos nem preparariam suas aulas com antecedência. Mas, nas pesquisas, não é relatado o que, na realidade, ocorre dentro de uma escola e que fatores são os grandes determinantes do baixo rendimento escolar.

A maioria dos alunos é indisciplinada, não traz o material necessário para as aulas, não cumpre os deveres de casa e, durante as aulas, não presta atenção às explicações e fica conversando o tempo todo. Muitos não dão importância aos estudos e alegam que estão na escola porque os pais obrigam.

As brigas entre alunos acontecem com muita frequência; são violentos e se agridem verbalmente com muitos palavrões. A escola, para esses alunos, serve como refúgio - uma ilha de segurança. Ela é utilizada como praça pública, onde o que menos interessa é estudar e adquirir conhecimento. O ambiente é utilizado pela maioria para a socialização, para namorar e, às vezes, para o uso de drogas. Muitos não têm respeito pelos professores, que são agredidos verbalmente e, às vezes, até fisicamente. O pior de tudo é que, no fim do ano, esses alunos são premiados com a aprovação compulsória nos anos iniciais do ciclo.

Com alunos comprometidos, sem disciplina em sala de aula, é um desafio prover educação de qualidade. Dentro de um ambiente cheio de conflitos, os bons alunos são muito prejudicados, já que não conseguem ter uma aula de qualidade. O professor não consegue alcançar seu objetivo. É certo que, quando estamos trabalhando com turmas de bons alunos, em que a aula acontece da forma como foi programada, sentimos-nos realizados e valorizados.

Diante desse triste quadro, nós, professores, sentimos-nos completamente desmotivados.

O índice de adoecimento da classe é alto. As escolas estão funcionando, muitas vezes, com um alto grau de absenteísmo entre professores. Às vezes, as turmas ficam grandes períodos sem o docente de determinada disciplina, substituído por colegas que, simplesmente, "tapam o buraco". Muitos professores estão deprimidos, sem condições de exercer o bem mais precioso que Deus nos deu: o trabalho.

Fica aqui o convite aos pesquisadores em geral: que eles venham para dentro das escolas, fiquem um bom período trabalhando como professores para poder compreender o que realmente acontece; a partir daí, poderão avaliar melhor a baixa qualidade do ensino na escola pública.
Hoje, o professor trabalha em péssimas condições. Por isso, fica a pergunta: como mudar essa situação? Continuaremos à margem da educação de qualidade?"

sábado, 1 de janeiro de 2011

Quem conquistou os avanços? O povo.

Povo que foi chamado a um desafio e teve oportunidades e sonhos. E demonstrou destemor e prazer em cumprir o seu dever.
Feliz Natal. Feliz 2011. Vai depender, mais uma vez, de nós.Que patrões e governos repartam os resultados positivos com aqueles que são os maiores responsáveis por eles.
Rumo a uma sociedade fraterna e socialista.