quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Para que estudar português?

Para desenvolver duas habilidades — a compreensão e a expressão. Em outras palavras: para ouvir e entender, falar e ser entendido; ler e entender, escrever e ser entendido. Debruçar-se sobre as manhas de fonética, morfologia, sintaxe & cia. tem um único objetivo: possibilitar ao estudante o acesso ao código com que vai compartilhar ideias e emoções.

É mais ou menos como o cirurgião. Adquirir destreza no uso do bisturi não constitui um fim em si mesmo. Mas necessidade de dominar o instrumento que lhe permitirá atingir o objetivo — operar com êxito o paciente. Ao valorizar a redação, o Programa de Avaliação Seriada (PAS) acerta o alvo. Avalia se o aluno transita no espaço de síntese do conhecimento adquirido com as demais disciplinas. E, aliando inteligência e vontade, percorre com desenvoltura os meandros da escrita.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Citação em decisão sobre a legalidade da greve do Estado.

“São bons mestres e as boas escolas que fazem o progresso humano, que transformam crianças inteligentes em gênios, em lideres e benfeitores da humanidade. Sei que isso é truísmo, uma obviedade, mas infelizmente, o mundo não vê tantas coisas óbvias. Sempre me pergunto: por que não investimos muito mais em educação e na formação de bons professores? Foram eles que, logo cedo, me despertaram uma vontade imensa de compreender e de transformar o mundo por meio da engenharia e da eletrônica. Com eles descobri como é importante pensar no lado humano de toda a invenção e avanço tecnológico.”
Steve wosniak
( in iwoz- a verdadeira história da Apple segundo seu cofundador, Ed. Évora, 2011)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Vergonha mundial e interesses escusos.

As mesmas potências que jogam bombas na cabeça dos líbios são as que defendem os crimes de Israel.
O que está por trás da guerra da OTAN contra a Líbia não são direitos humanos ou valores democráticos, mas o assalto ao patrimônio do país, a submissão de um governo do qual as superpotências não tinham controle. Agora, temos Sarkosy brigando com Berlusconi para ver quem vai ficar com a maior fatia das riquezas da Líbia, expondo a conversa fiada da Rede Globo e da mídia sobre os reais objetivos da intervenção.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Teríamos sido enganados ou...

Dilma Rousseff, a terceira mulher mais poderosa do mundo, está recuando naquilo que parecia ser a sua cruzada moralizadora, ou nós nos enganamos e na verdade essa cruzada nunca existiu e não passou de uma ilusão de ótica?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Lei do Piso: aplicação deve ser imediata.

Eu espero que definitivamente eles(os gestores públicos) entendam que desde o Parlamento até a Corte Suprema do País, todos entendem que a Lei é plenamente constitucional e cabe aos gestores aplicá-la como ela foi aprovada.
Espero que todos os sindicatos andem com o acórdão nas mãos e cobrem de maneira bastante firme e incisiva o cumprimento da Lei, porque isso é uma aula de democracia. Os sindicatos, ao exigir o cumprimento da Lei, estão dizendo aos nossos alunos que as leis são feitas para serem cumpridas, principalmente quando traz benefícios ao povo, como é dessa Lei.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ainda sobre o Piso

Não há dúvida quanto à composição do Piso Salarial, que é o vencimento inicial da carreira do professor de nível médio de escolaridade.
União, Estados e Municípios têm a imediata obrigação de pagá-lo, visto que todos os prazos previstos na Lei também se esgotaram. Este pagamento deve vir acompanhado da adequação dos planos de carreira com o vencimento básico inicial e o valor do Piso para o nível médio.
Não há justificativa fiscal para o não pagamento do Piso, pois a mesma lei garante o acesso a recursos federais desde que o município prove de forma transparente que não possuí recursos suficientes.
Ao contrário, a tabela que o governo Prandini quer consolidar como política remuneratória não atende à Lei em vigor e,como não existe outro plano,ele tem por obrigação implementar o Piso.Ressalta-se que a tabela que o prefeito e o secretário da des(educação) quer fazer valer só existe na cabecinha maluca deles.São políticos irresponsáveis que querem ocultar a real situação à população de nossa mal administrada cidade.
Apoie você também uma educação pública, gratuita e de qualidade.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A luta do Educador.

Olá, combativos colegas.No momento é preciso que tenhamos muita tranquilidade. O governo tenta nos desgastar, joga o tempo todo para nos desmotivar. A própria greve, em si, é sempre desgastante, pois perdemos o contato com os colegas na escola e com a nossa própria atividade profissional de rotina. Mas, nada disso pode nos afastar dos nossos objetivos, o principal deles: a conquista do piso e a salvação da nossa carreira ameaçados pela incompetência daqueles que se propuseram a administrar uma cidade, porém não estavam e ainda não estão preparados para fazê-lo.

Além disso, temos um compromisso moral com a Educação pública de qualidade. Mesmo que uma parcela da sociedade não tenha consciência da importância de um ensino de qualidade para os seus filhos, temos que ter paciência e compreensão, além de perseverar nos nossos objetivos.

Radicalizar nem sempre significa realizar atos espetaculosos ou de pressão sobre a comunidade ou mesmo sobre o governo. O fortalecimento pacífico da nossa greve que, infelizmente, deverá continuar em agosto por culpa única e exclusiva dos truculentos prefeito e secretário da (des)educação é um ato de radicalidade. As nossas ações na justiça, no ministério público, nas manifestações de rua, nos textos e comentários que publicamos nos blogs, nas nossas participações nos espaços da mídia, tudo isso constitui momentos de radicalização, no melhor sentido da palavra. O fato de nos recusarmos a continuar trabalhando, quando o governo tenta nos impor uma situação como definida, é já um ato de extrema radicalidade, não acha?

Então, colegas, continuemos em contato entre os colegas, compreendendo que as coisas mudam dentro de um processo, e nem sempre acontecem no momento em que desejamos ou planejamos. Estejamos prontos para o combate, e com a tranquilidade necessária para vencer os obstáculos contra o governo. Governo esse que consegue desagradar até mesmo, muitos dos seus aliados que constrangidos, porém numa acomodados porque lhes falta coragem para largar o osso, mudaram de rotina para nao ter que encarar uma população insatisfeita e sedenta de solução para o caos em que vive a cidade.

domingo, 17 de julho de 2011

Pesquisa séria e preocupante

"Qual a parcela da educação nas despesas totais do governo? Entre 2003 e 2010, ela variou de 1,46% (2005) até 2,7% (2010). Nos últimos anos do governo Lula, essa parcela cresceu sensivelmente. Mesmo assim, no total dos oito anos, ela foi apenas de 1,85%.
Enquanto isso, a parcela destinada a juros e amortização da dívida chegou a 28,19% em 2008 e, em 2010, a 20,25%.
Bancos receberam do governo em oito anos R$ 1 trilhão e 858 bilhões
Em dinheiro, isso significa que os bancos receberam do governo, em oito anos, R$ 1.858.679.200.827,38 (1 trilhão, 858 bilhões, 679 milhões, 200 mil, 827 reais e 38 centavos), sem incluir o refinanciamento da dívida (“rolagem”).
No mesmo período, foi destinado à educação R$ 169.819.375.194,80, ou seja, 1/11 do que foi passado aos bancos."

Minha conclusão:

O primeiro gasto é não somente improdutivo, sem retorno algum para o país, mas também nocivo, destruidor para a economia e perdulário para o governo – pois é ele próprio, através do BC, que estabelece a taxa básica de juros. É preciso ter caspa ou fezes parasitológicas no cérebro para não perceber a fragilidade a que esses repasses para os bancos levam o país. Equivalem a sustentar e a barbaramente enriquecer vândalos, não para que eles não nos destruam, mas, exatamente, para que nos devastem. No entanto, há quem chame isso de “solidez fiscal”.

Já o investimento em educação... bem, leitores, sinceramente, não acho necessário explicar mais.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Falta transparência com o erário.

Durante as manifestações dos professores da rede municipal, destacaram-se discursos, faixas e cartazes com muitas reclamações e até formação de comissão para auditar a verba do Fundeb. Para os leigos, trata-se de expressão javanesa e tema impopular e desconhecido da maioria da população. E, afinal, auditoria por que?

Algumas respostas para esta e outras dúvidas começam a surgir até dos meios oficiais(leia-se legislativo).A denúncia de desvio dos recursos está sendo caminhanda para a Justiça pelo vereador Sinval Jacinto Dias. Desvio no caso nada tem a ver com malversação, bem claro. Mas com destinação diferente daquela originária da que está definida em lei federal.

A primeira suspeita de desvio é a aplicação de recurso milionário do Fundeb no programa político-social, Internet de "Graça" e apelidada de Prandinet.O vereador Sinval Jacinto Dias (PSDB) protocolou ação no Ministério Público para investigar a Internet de "Graça", inaugurada pela Prefeitura de Monlevade. O parlamentar comentou sobre o assunto na reunião ordinária da Câmara Municipal, na quarta (13). Sinval citou 12 irregularidades graves na contratação da Telealpha, responsável pelo serviço, pela Prefeitura.
Vale ressaltar que, de acordo com a Lei,a verba do Fundeb, repassada pelo governo federal, deve ser destinada somente à educação: 60% para os salários dos professores e 40% para manutenção das escolas públicas.

Ainda sobre a Lei do Piso.

Descumprimento da Lei

Mesmo com a aprovação da Lei do Piso e com o reconhecimento da sua legalidade por parte dos ministros do STF, professores de alguns municípios e estados ainda não recebem o valor estipulado em lei. Ceará, Pará, Goiás e Santa Catarina são alguns exemplos, igualmente em nossa cidade, João Monlevade. O descaso leva os trabalhadores em educação a paralisarem suas atividades, o que vem acontecendo, no momento, em cinco estados do País (Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Minas Gerais)e em nosso município.

No Ceará, professores de nível médio recebem R$ 739,84 para uma jornada de trabalho de 40h semanais. No Pará, pelo mesmo tempo de jornada, eles ganham R$ 1.023,00. Professores de Goiás recebem um salário de R$ 1.006,25 e os de Santa Catarina, apenas R$609,46, para uma jornada de 40h semanais e aqui não chega a R$800,00.Vale ressaltar que o Piso é para uma jornada de, no máximo, 40 horas e no valor R$1187,12,para o ensino médio, segundo o MEC, mas há entendimento contrário dando conta de que o valor tem que ser de R$ 1.597,87,pois o MEC em consonância com a Avocacia Geral da União meteu a mão na Lei e ignorou um repasse no ano de 2010, alegando a crise mundial que,segundo o então presidente da república Luis Inácio Lula da Silva não passsou de uma "marolinha" para o Brasil.Mesmo assim entenderam , ao arrepio da Lei, que nao poderiam e nem deveriam aplicar o reajuste ( valor custo-aluno naquele ano). Portnato, a luta é mais do que necessária, para garantir que os direitos dos milhares de educadores sejam respeitados.

A verdade sobre o Piso do Magistério.

Os educadores de Minas e do Brasil estão sendo vítimas de um grande calote por parte de governantes das três esferas, com raras exceções. O governo federal é cúmplice por fazer vista grossa e com isso não precisar dispor de recursos para ajudar a pagar o piso. Imaginem se todos os estados e municípios conseguissem provar que não podem pagar e pedissem ajuda ao governo federal? Ele teria que dispor de uma quantia muito maior do que R$ 1 bilhão que anuncia ter reservado para este fim.


Mas, o governo federal sabe que a maioria dos governantes usa de forma incorreta as verbas da Educação e por isso não querem (e não podem) provar que não conseguem pagar o piso, portanto, não podem pedir ajuda ao governo federal.
Como não há instrumentos de fiscalização que funcionem em favor dos educadores - comissões de controle social do FUNDEB não funcionam, Ministério Público, TCs, Legislativos, mídia, etc, são órgãos com pouca utilidade quando se trata de fiscalizar os governos e defender os interesses dos de baixo - os governos escapam impunemente.

A impressão que a gente tem é que este é um país de anjos, de governantes honestíssimos, um exemplo para a humanidade que vive em outros países. Deveríamos até fechar estes órgãos de fiscalização já que por aqui a prática de desvios de dinheiro público e má aplicação de verbas da Educação são coisas raríssimas, quase uma exceção. Então, para quê manter esses órgãos funcionando num país com governantes tão honestos? É gastar dinheiro à toa, não acham?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Míopes e pretenciosos...

"Em qualquer roda de politicos é muito fácil identificar um tucano ou um petista: são os que estão falando bem de si mesmos.

Tão bem que, por vezes, não veem o mal de seus partidos. Em verdade, dois males: excesso de cabeças e carência de miolos."

domingo, 10 de julho de 2011

O ESGOTAMENTO INTELECTUAL DA FACÇÃO PETISTA - PRANDINISTA.

A facção petista e o governo do doutor Prandini padecem de esgotamento intelectual. Não se trata apenas de desarticulação política, é sobretudo a incapacidade de justificar racionalmente suas posições.
Junta-se meia dúzia de pessoas no Paço Municipal, trocam ideias (se é que são ideias) e tomam decisões desconexas, inexplicáveis. Aqui vai um exemplo.
Recentemente, mesmo com as pesquisas apontando para uma grande insatisfação com esse (des)governo, prefeito e secretário, em um amadorismo sem precedente na história de nossa cidade, levou a categoria do magistério à greve. Esse fato só aconteceu porque o prefeito e o secretário estiveram durante esse tempo de governo fora da discussão do Piso aprovado para o magistério e confirmado pelos guardiões e intérpretes da Constituição, leia-se Supremo Tribunal Federal. E para complicar ainda mais a situação, o secretário com a anuência do prefeito, claro, inventou, isso mesmo, inventou uma tabela fictícia, desrespeitosa e sem discutir com a categoria e o legislativo, apresentou-a para a comunidade de forma escrita, via rádio e se tivessem canal de televisão, com certeza, fá-lo-ia de forma imagética também. Segundo o prefeito e, claro que o secretário deve pensar assim, essa tabela é parte de um plano de cargos e salários sensacional, podendo o professor,caso queira (espero quisesse), tornar-se mestre e até doutor. Tudo isso para ganhar, no máximo, merrecas de aproximadamente catorze reais por aula. Ou secretário e prefeito bateram o pino de vez ou estão pensando que professor não tem massa cinzenta. Prefiro ficar com a segunda hipótese, afinal, teremos que aguentar esse amadorismo irresponsável por mais algum tempo e que nos parecerão uma eternidade.
Tudo isso num país em que quase todos os gestores fingem que aplicam na educação o que deveria aplicar e acredito que aqui não seja diferente. Sabemos que tudo não passa de uma maquiagem apenas, pois a verba da educação é o suficiente para pagar com decência o salário para os professores dos 5,5 mil municípios e criar infraestrutura para as escolas, o que levaria o país a obter, de vez, o passaporte para o mundo desenvolvido, pelo menos no quesito Educação. Mas não parece ser isso que querem esses políticos de araque. Construções de cadeias, violência de toda sorte, sociedade desestruturada e desqualificada para o mercado de trabalho, tudo isso devem almejar esse tipo de político.
Conversas miúdas dão conta de que o secretário teria dito, também não sei para quem, deve ser para o seu chefe imediato, que colocaria os professores em sala de aula com dois dias, caso a greve fosse deflagrada. Fiquei sabendo também que truculência, intolerância e muita verborragia foram praticadas na mesa de negociação. O que não me causa nenhuma surpresa, caso seja verdade, pois prova disso o secretário demonstrou no cansativo show verborrágico e amador, quando da audiência pública realizada no dia 07/07 na Câmara Municipal.
É comum que os governos não façam o que devem. A exaustão intelectual petista - prandinista diante da agenda de educação pública é mais que isso. Trata-se de não fazer nada e de não discutir coisa alguma, muito menos para admitir que a proposta do governo anterior, de longe, era infinitamente melhor do que tudo que eles fizeram até agora e acredito que continuarão a não fazer nada pela educação a não ser com a luta dos mestres, ainda que cansados de tanta tramóia e desvalorização por parte de alguns políticos.

Ministro dos Transportes.Carreira repleta de acusações.

QUANDO O SUJEITO NASCE PRA SER LADRÃO, NÃO TEM JEITO.
ESSE DEVERIA ROUBAR A MERENDA DOS COLEGUINHAS DE JARDIM DE INFÂNCIA.

Entre um insulto e outro ...

É lamentável que o deputado estadual,Zé Maia(PSDB, agarre-SE à imunidade parlamentar e se ache no direito de usar o seu mandato para insultar educadores, dizendo que são “desequilibrados” e “despreparados”; que deveriam ser “trocados”, insinuando que isso seria uma condição para que houvesse negociação e que para ele, a forma como servidores públicos protestavam naquela reunião só poderia se justificar pela ingestão de alguma “substância” que fosse “não natural do ser humano”.
Ele deveria ficar mais atento ao que o seu partido tem feito com a educação mineira: em 2009 investiu 20,15% em educação, enquanto a Constituição Federal determina o percentual mínimo de 25%, faltam 1 milhão e meio de vagas na educação básica, a privatização do ensino médio profissionalizante, pagamento de vencimento básico de R$369,00 a um professor mineiro. É esta a dívida do Governo de Minas desde Aécio Neves que o Deputado, com os insultos, tentou nos calar durante a Audiência Pública.

sábado, 2 de julho de 2011

O limite entre o público e o privado

LIMITES - linha ou ponto divisório; linha de demarcação etc

O que importa apenas à intimidade pessoal e o que pode e/ou deve ser levado ao convívio social? E mais:o que,da privacidade dos pais, é interessante compartilhar com os filhos – e vice-versa - e o que seria mais adequado ser levado apenas às pessoas de mesma geração, como amigos ou companheira(o), por exemplo? Hoje, o limite entre vida privada e vida pública está tão confuso que fica complicado, porque não dizer difícil, responder sem pestanejar a essas questões. E é bom lembrar que a educação que damos a filhos e alunos é marcada por essas questões.
Quem nunca observou casais de jovens –novos até – em um relacionamento que caberia bem melhor em local privado por ser considerado íntimo? E, em geral, a reação que temos ao testemunhar esse tipo de cena é a de moralizar o comportamento dos jovens. É fácil dizer ou pensar nessa hora, que eles não sabem respeitar o publico, que não têm vergonha, etc.
Adulto adora moralizar o comportamento de jovens e nem sempre se dá conta de que o que eles fazem foi a eles ensinado por nós, de um jeito ou de outro. Por exemplo: qual a diferença entre assisti a uma cena mais ousada entre dois adolescentes que agem assim em pleno espaço público e ouvir, em situação semelhante, uma briga de casal que se desenrola pelo celular ou numa mesa de bar? Aliás, quem é que já não teve que compartilhar conversas íntimas em situações desse tipo? E o mais interessante é que o constrangimento fica mais por conta de quem ouve do que de quem vive a cena, não é verdade?
Bem, mas como tem sido bem difícil aos adultos construir e delimitar a privacidade, do mesmo modo tem sido difícil saber como e o que ensinar aos filhos a esse respeito.
Para ilustrar isso, darei um exemplo de uma mãe que me procurou juntamente com sua filha de 14 anos, que, ao ser interpelada pela mãe sobre um possível namoro “escandaloso” na rua, perguntou pra mãe se o que fizera seria diferente do que ela (mãe) e seu pai faziam também. A mãe disse que não, eles faziam coisas desse tipo e outras, só que essas cenas de intimidade eram compartilhadas no quarto do casal. Embora a intenção dessa mãe tenha sido boa, querendo dar uma lição de privacidade, passar para a filha a idéia de que há coisas que não se fazem na frente dos outros, já que interessam apenas aos envolvidos, é preciso lembrar que uma boa intenção nem sempre toma a forma de uma boa ação. O que a mãe conseguiu agindo como agiu foi expor a intimidade dela e do marido à filha, mesmo que com palavras. Ela não se deu conta - justamente pela confusão em q vivemos - que intimidade não se restringe ao que se vê,mas ao que se ouve também. Ela não se deu conta de que há um limite entre a vida do casal e a dos filhos que deve ser preservado,mesmo com custo.
Quando a interpelei lembrando que ela poderia te respondido à filha que esse assunto não era da conta dela, ela reagiu com veemência dizendo que não queria de modo algum, ser uma mãe autoritária.
E aí nos defrontamos com outra confusão típica de nossos dias. Afinal qual é a fronteira entre relações mais democráticas, considerando-se a tarefa educativa dos pais?
Ainda aproveitando o exemplo dado, podemos vislumbrar uma pista. Pais autoritários não permitiriam ao filho que se abordasse o assunto “sexo” com eles. Pais mais democráticos aceitam, sim, dialogar sobre o tema, mas numa abordagem sócio-cultural e não da intimidade da vida de cada um. E é bom lembrar que o inverso também tem acontecido; muitos pais extrapolam seu papel e sua tarefa educativa quando esmiúçam a vida íntima dos filhos. E nem adianta usar o argumento da necessidade de orientação: é perfeitamente possível orientar os filhos sem ter de saber detalhes da vida sexual ou amorosa deles.
Vale ressaltar que, apesar de o tema ter sido abordado no âmbito das relações humanas, serve também para as nossas funções trabalhistas e políticas. Inclusive na política, que anda muito vulnerável, devido à existência, via de regra, de atitudes e comportamentos nada éticos de muitos políticos como vem sendo demonstrado ao longo desses quinhentos anos de Brasil.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Leis e coisas não "caducam"...

Chocada e estarrecida é como se sente a categoria com o comentário do nosso secretário da (des )educação sobre a Lei 920/89. Segundo ele, essa Lei caducou e, portanto, não pode, por ela, ser implementada a lei do Piso Salarial Profissional Nacional. Que coisa mais tacanha, para mão dizer total despreparo desse agente político. Será que ele não percebeu que foi ele quem caducou?! A discussão sobre essa lei é recorrente desde o ano de 2008, quando a mesma foi promulgada. Tão logo isso aconteceu, cinco governadores, descomprometidos com a educação de qualidade, atacaram-na com uma ADIN(Ação Direta de Inconstitucionalidade) em dois pontos: Como o Piso entraria no contracheque dos professores e sobre a jornada de trabalho(1/3 fora de sala e 2/3 em sala). A situação ficou pendente no Supremo até 06/04/2011 (diga-se de passagem, dia do meu aniversário) e presente melhor eu não poderia ter recebido, após 20 anos de entrega total ao magistério e sem nenhuma valorização. Agora que o Supremo julgou improcedente o ataque e nos presenteou com o Piso no salário básico, vem esse secretário (diga-se, também, de passagem, com mestrado em (des) educação, com defesa de sua dissertação em Cuba) dizer tal besteira. Segundo a Lei do Piso, os gestores de todo o país, tiveram até 31/12/2009, para readequarem ou até mesmo criarem um plano de cargos, salários e carreiras para receber o Piso, mas não foi o que fizeram nesses anos todos de promulgação da Lei. Agora vem o secretário confiscar vantagens, inventar tabela com estrutura de níveis e outras coisas mais para evitar a valorização do profissional da educação. Dando mil e uma desculpas para não pagar aquilo que a Lei do Piso manda e que o Supremo confirmou. Acho que ele prestaria um bom serviço à população se, ao invés de liberar notas mentirosas, tirasse o time de campo, pois a categoria está organizada e unida. E, digo mais, se o educador está fora de sala e nas ruas, a culpa é única e exclusiva dele e da péssima administração que a cidade vem experimentando ao longo dos últimos 30 meses e com a qual terá, talvez, que conviver por mais 18 meses.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Prêmio, pra que te quero?

Mentalidade terceiro-mundista têm aquelas pessoas que se contentam com um prêmio e deixa de lutar pelo que realmente merece: Salário digno que possa garantir o pagamento de dívidas permanentemente e proporcionar melhorias na qualidade de vida. E ainda, exaltam o opressor. Reflexo de anos e anos de exploração colonial incrustados no lombo do povo brasileiro através do invasor português. Despolitização, atraso e, todas as formas de dependência.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Políticos intrometidos.

Estão me supreendendo os pitacos que os políticos vêm dando na área da Educação.Muitos, diga de passagem,descabidos até. De vez que qualquer mudança que venha ocorrer na Escola tem que passar primeiro pela valorização do professor. E o Estado é o único responsável pelo sucateamento da nossa educação. Já passou da hora de providenciar salário dígno e ambiente de trabalho decente. Se cada trabalhador, pai de nossos alunos, tivesse também salários dígnos, não teríamos tanta violência no ambiente escolar. É preciso modificar as estruturas sociais desta sociedade. Estamos perdendo para muitos países da África que tem uma Educação que dá de dez a zero na nossa. Isso é uma vergonha! Sou professor.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Será que vai dar certo?

No início de seu governo, Lula tentou criar o Fome Zero, que apesar de muito badalado, não decolou. No caso dele, houve tempo para compensar o estrago com o Bolsa Família. Dona Dilma também está criando um projeto de impacto contra a miséria, mas dará certo?

Tudo é possível, dizia sempre Machado de Assis. A nossa presidente tem fama de ser boa gerente, mas o cargo que ocupa é basicamente político, a gerência é um plus. E no plano político a coisa está muito confusa. Até quando durará o casamento do PMDB com o PT, cuja lua de mel está acabando? Haverá cargos para tanta gente? Por tudo isso, temo que não dê certo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

União estável

Com a unanimidade no STF, sobre a união estável, foi dado aos brasileiros homossexuais não só um projeto de vida mas também um projeto de felicidade.

domingo, 3 de abril de 2011

Ótima performance

Escancarando o preconceito racial, baseado na imposição de um padrão de beleza único (leia-se branco e loiro ),na televisão brasileira. "Todo mundo é rico, todo mundo é loiro... Menos você!" Hahahaha!!! Ana Maria Braga, Hebe, Xuxa e por aí vai...
Esse é o trocadilho com o nome do Programa Mais Você de Ana Maria Braga, produzido e apresentado por Luiz Miranda.

O PLANETA DOS HOMENS

Muito triste ,muito perigosa a situação do Japão. Não há como saber e prever as consequencias deste desastre para as águas que são a vida de nosso planeta. Será que os outros países vão realmente cessar as instalações das Usinas Nucleares ou até mesmo desativá-las depois dessa grande tragédia? É só estar vivo pra ver....

sábado, 26 de março de 2011

O Império e a realidade.

Amigos leitores,todos os grandes impérios ruíram. Isso é fato. E a bola da vez é o IMPÉRIO AMERICANO. Estou aguardando pacientemente este mega acontecimento. O americano perdeu a supremacia na produção mundial da laranja. Hoje o Brasil é o maior produtor do mundo, e também, um dos maiores produtores de grãos do planeta. E tem mais: temos água e petróleo. O povo americano pode ser comparado a uma sanguessuga, vive em cima de um pedestal as custas dos pobres. Na verdade todos estão endividados e lutando para conseguirem pagar em dia suas hipotecas. Estou de OOOOOOOOOOlho.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Gargalos da educação

Três são os principais gargalos da educação pública no país. A saber: a falta de investimentos na valorização dos professores,a sujeição desses a baixos salários e a falta de perspectivas de melhorias das condições de trabalho.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sobre democracia mundo afora

Prever o futuro é tão arriscado que, podendo sempre errar, é preferível errar pelo otimismo. E há boas razões para ser otimista quanto à democracia. Nos últimos 20 anos, dobrou ou triplicou o número de pessoas que não vivem em ditadura. Talvez seja demais chamar Ucrânia ou El Salvador hoje de Estados democráticos, mas certamente há bem mais liberdade nesses países ou no Brasil, após a queda do comunismo e das ditaduras apoiadas pelo primeiro mundo, do que havia em 1980. A conjuntura mundial torna difícil o cenário usual, que era a rigorosa repressão ante o avanço de reivindicações populares.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Solidariedade à luta do povo egípcio

Expresso aqui, minha profunda solidariedade com o povo egípcio devido à dura repressão que está enfrentando.

É de nosso conhecimento que foram cortados serviços de internet e também de telefonia, o que reflete em uma grave violação dos princípios democráticos de liberdade de expressão e também de associação.

A reação com violência por parte da polícia e das forças armadas não resolve o problema e esses confrontos infelizmente já geraram sete mortes até a data de hoje, além de dezenas de pessoas que ficaram feridas. Isso é inaceitável, enluta e entristece a nação. Inaceitável também o fato de centenas de pessoas terem sido detidas sem terem cometido crime algum.


O Egito é signatário de diversas leis Internacionais, inclusive da Organização Internacional do Trabalho – OIT e deve então, respeitar as liberdades fundamentais como a de liberdade de expressão, além de direitos sindicais.

Mais uma vez estendo a minha mais sincera solidariedade às vítimas e seus familiares e amigos. Só o diálogo e o respeito às manifestações pacíficas é que levarão o país a discutir, de forma justa, o seu futuro.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Evitar tragédias sem punir o povo.

Acredito na combinação de dois fatores para esses acontecimentos trágicos da natureza: Ocupação irracional e irregular e ações populistas dos nossos governantes. Acredito também, que para resolver essa situação , as autoridades máximas deveriam encontrar uma fórmula de apenar aqueles que vierem a ser diretamente responsáveis, sem impor penalidades ao povo municipal. Dever-se-ia punir os agentes públicos responsáveis e premiar os municípios que evitarem a ocupação de áreas de risco. E tudo poderia ser feito de forma rápida e eficiente, ou seja, com medida provisória, projeto de lei ou emenda constitucional, pois para atender a interesses dos políticos, especialmente os econômicos, resolvem com apenas uma reunião e na calada da noite. Basta vontade política, apenas.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Educação: da quantidade à qualidade.

A presidente Dilma promete priorizar a educação. No Brasil, apenas 10% da população concluíram o ensino superior; 23% o médio, e 36% não terminaram o fundamental. O ministro Fernando Haddad se compromete a adotar tempo integral no ensino médio, combinando atividades curriculares com aprendizado profissionalizante.

São promessas às quais se soma a de aplicar 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação (hoje, apenas 5,2%, cerca de R$ 70 bilhões).


Por Frei Beto

"O governo Lula avançou muito na área: criou 14 universidades públicas e mais de 130 expansões universitárias; a Universidade Aberta do Brasil (ensino a distância), cuja qualidade é discutível; construiu mais de 100 câmpus universitários pelo interior do país; criou e/ou ampliou escolas técnicas e institutos federais e, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), possibilitou a mais de 700 mil jovens o acesso ao ensino superior.

Outro avanço é a universalização do ensino fundamental, no qual se encontram matriculados 98% dos brasileiros de 7 a 14 anos. Porém, quantidade não significa qualidade. Ainda há muito a fazer. Estão fora da escola 15% dos jovens entre 15 e 17 anos. Ao desinteresse, principal motivo, alinham-se a premência de trabalhar e a dificuldade de acesso à escola.

Tomara que a proposta de tempo integral do ministro Haddad se torne realidade. Nos países desenvolvidos os alunos permanecem na escola, em média, oito horas por dia. No Brasil, quatro horas e meia. Pesquisas indicam que, em casa, passam o mesmo tempo diante da TV e/ou do computador. Nada contra, exceto o risco de obesidade precoce. Mas como seria bom se TV a emitisse mais cultura e menos entretenimento e se na internet fossem acessados conteúdos mais educativos!

Os estudantes brasileiros leem 7,2 livros por ano, dos quais 5,5 são didáticos ou indicados pela escola. Apenas 1,7 livro por escolha própria. E 46% dos estudantes não frequentam bibliotecas.

No Programa Internacional de Avaliação de Alunos 2009 (Pisa), aplicado em 65 países, o Brasil ficou em 53º lugar. Na escala de 1 a 800 pontos, nosso país alcançou 401. No quesito leitura, 49% de nossos alunos mereceram nível 1 (1 equivale a conhecimento rudimentar e 6 ao mais complexo). Nível 1 também para 69% de nossos alunos em matemática e para 54% em ciências.

O Pisa é aplicado em alunos(as) de 15 anos. Nas provas de matemática e leitura, apenas 20 alunos (0,1%), dos 20 mil testados, alcançaram o nível 6 em leitura e matemática. Em ciências, nenhum. No conjunto, é em matemática que nossos alunos estão mais atrasados: 386 pontos (o máximo são 800). O Ministério da Educação apostava atingirem 395. Na leitura, nossos alunos fizeram 412 pontos, e em ciências, 405.

Estamos tão atrasados que o Plano Nacional de Educação prevê o Brasil alcançar, no Pisa, 477 pontos em 2021. Em 2009, a Lituânia alcançou 479; a Itália, 486; os EUA, 496; a Polônia, 501; o Japão, 529; e a China, campeã, 577.

Nos países mais desenvolvidos, 50% do tempo de instrução obrigatório aos alunos de 9 a 11 anos e 40% do tempo para os alunos de 12 a 14 anos é ocupado com ciências, matemática, literatura e redação. E, no ensino fundamental, não se admitem mais de 20 alunos por classe.
Onde está o nosso tendão de aquiles? Na falta de investimentos – em qualificação de professores, plano de carreira, equipamentos nas escolas (informática, laboratório, biblioteca, infra desportiva etc.).

Análise de 39 países, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2010, revela que o investimento do Brasil em educação corresponde a apenas 1/5 do que os países desenvolvidos desembolsam para o setor. EUA, Reino Unido, Japão, Áustria, Itália e Dinamarca investem US$ 94.589 (cerca de R$ 160 mil) por aluno no decorrer de todo o ciclo fundamental. O Brasil investe apenas US$ 19.516 (cerca de R$ 33 mil).

Embora a Organização Mundial do Comércio (OMC) tenha insinuado retirar a educação da condição de dever do Estado e direito do cidadão e transformá-la em simples negócio – ao que o governo Lula se contrapôs decididamente –, os 5,2% do PIB que nosso país aplica na educação são insuficientes. O que favorece a multiplicação de escolas e universidades particulares de duvidosa qualidade. Entre os países mais ricos, derivam do poder público 90% do investimento em ensinos fundamental e médio.

Ainda convivemos com cerca de 14 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais. Sem contar os analfabetos funcionais. Dos 135 milhões de eleitores em 2010, 27 milhões não sabiam ler nem escrever. Faltou ao governo Lula um plano eficiente de alfabetização de jovens e adultos.

Tomara que Dilma cumpra a promessa de criar 6 mil creches e o Ministério da Educação se convença de que alfabetização de jovens e adultos não se faz apenas com dedicados voluntários. É preciso magistério capacitado, qualificado e bem remunerado.

Todos gostariam que seus filhos tivessem ótimos professores. Mas quem sonha em ver o filho professor? Na Coreia do Sul, onde são tão bem remunerados quanto médicos e advogados, e socialmente prestigiados, todos conhecem o provérbio: “Jamais pise na sombra de um professor”."

domingo, 9 de janeiro de 2011

Estilo de Dilma se contrapõe ao de Lula.

Na primeira semana de governo, presidente aparenta ser mais rígida, evita exposição e se dedica a série de reuniões

Para não comer sozinha e aproveitar o tempo, Dilma chama ministros para almoçar com ela no gabinete presidencial e quer mais rapidez nas decisões do governo,dando sinais de que vai agir rapidamente e nao quer deixar os problemas se agravarem para resolvê-los.Isso, segundo auxiliar da petista que trabalhou com Lula.Como exemplo, a medida anunciada para combater a desvalorização cambial que, para ela, é algo grave e o governo nao pode ficar esperando as coisas melhorarem,sem antes tomar medidas nesse sentido. Além disso, atitudes como repreender o general José Elito Siqueira, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, por ele ter dito que a existência de desaparecidos políticos no país nao deve ser motivo de vergonha, o que merceu dela uma "puxão de orelha" sem criar outra crise,repreender também Mantega por anunciar que o governo vetaria qualquer aumento do mínimo acima do R$540, dizendo que ministro sugere e quem veta é a presidente e, por último, e só pra ficar em alguns poucos exemplos, dar ordem ao ministro da justiça para que embrulhasse o almoço e fosse comer no planalto,pois teria que falar com ele e com urgênia, isso porque ele pedira a ela 15 minutos o que ela nao aceitou.Em suas palavras, como podemos perceber,ela tem sido"rigorosa" e "cuidadosa".

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Brasil é um país 'sem educação'

NÁDIA HELENA BRAGA - Professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte

Faço minhas as suas palavras, cara colega.E, ainda acrescento: O problema torna-se mais grave,quando comprovamos que as outras partes (família e Governo)que deveriam estar inseridas obrigatoriamente nesse contexto, simplesmente, travestiram-se de Pilatos, lavando-se as mãos. É triste, mas é uma realidade!

"Leio muitos artigos sobre a educação no Brasil que são publicados em revistas de grande circulação. Às vezes, fico revoltada com o que leio porque os autores desses artigos ficam muito presos a estatísticas e pesquisas acadêmicas.

É muito comum apontarem que o baixo rendimento dos alunos estaria na formação deficiente dos professores, que não saberiam motivar seus alunos nem preparariam suas aulas com antecedência. Mas, nas pesquisas, não é relatado o que, na realidade, ocorre dentro de uma escola e que fatores são os grandes determinantes do baixo rendimento escolar.

A maioria dos alunos é indisciplinada, não traz o material necessário para as aulas, não cumpre os deveres de casa e, durante as aulas, não presta atenção às explicações e fica conversando o tempo todo. Muitos não dão importância aos estudos e alegam que estão na escola porque os pais obrigam.

As brigas entre alunos acontecem com muita frequência; são violentos e se agridem verbalmente com muitos palavrões. A escola, para esses alunos, serve como refúgio - uma ilha de segurança. Ela é utilizada como praça pública, onde o que menos interessa é estudar e adquirir conhecimento. O ambiente é utilizado pela maioria para a socialização, para namorar e, às vezes, para o uso de drogas. Muitos não têm respeito pelos professores, que são agredidos verbalmente e, às vezes, até fisicamente. O pior de tudo é que, no fim do ano, esses alunos são premiados com a aprovação compulsória nos anos iniciais do ciclo.

Com alunos comprometidos, sem disciplina em sala de aula, é um desafio prover educação de qualidade. Dentro de um ambiente cheio de conflitos, os bons alunos são muito prejudicados, já que não conseguem ter uma aula de qualidade. O professor não consegue alcançar seu objetivo. É certo que, quando estamos trabalhando com turmas de bons alunos, em que a aula acontece da forma como foi programada, sentimos-nos realizados e valorizados.

Diante desse triste quadro, nós, professores, sentimos-nos completamente desmotivados.

O índice de adoecimento da classe é alto. As escolas estão funcionando, muitas vezes, com um alto grau de absenteísmo entre professores. Às vezes, as turmas ficam grandes períodos sem o docente de determinada disciplina, substituído por colegas que, simplesmente, "tapam o buraco". Muitos professores estão deprimidos, sem condições de exercer o bem mais precioso que Deus nos deu: o trabalho.

Fica aqui o convite aos pesquisadores em geral: que eles venham para dentro das escolas, fiquem um bom período trabalhando como professores para poder compreender o que realmente acontece; a partir daí, poderão avaliar melhor a baixa qualidade do ensino na escola pública.
Hoje, o professor trabalha em péssimas condições. Por isso, fica a pergunta: como mudar essa situação? Continuaremos à margem da educação de qualidade?"

sábado, 1 de janeiro de 2011

Quem conquistou os avanços? O povo.

Povo que foi chamado a um desafio e teve oportunidades e sonhos. E demonstrou destemor e prazer em cumprir o seu dever.
Feliz Natal. Feliz 2011. Vai depender, mais uma vez, de nós.Que patrões e governos repartam os resultados positivos com aqueles que são os maiores responsáveis por eles.
Rumo a uma sociedade fraterna e socialista.