sábado, 18 de dezembro de 2010
SAGA INJUSTA E DESUMANA
domingo, 12 de dezembro de 2010
Resmungando vivo
Uma pequena dica
O inominável
Abstraí-me, segurei em sua mão, respirei longamente e fundo e me entreguei ao novo. Ao obscuro deliciosamente incrível que me fazia concatenar os sons e formar imagens de infância, quando corria na areia da praia e formava castelos com pá e balde. Assim é o som que emana do mais fundo da nossa alma, ou melhor, a que tem a propriedade de tocar no nosso mais profundo eu, fazendo sorrir os adeptos do azedume e chorar os mais incautos ranhetas. Que me perdoem os adeptos dos hits musicais proclamados nos programas populares dominicais ou mesmo nas micaretas que se proliferam, o ano inteiro, mas nada como as negras vozes roucas do jazz ou mesmo a batida gostosa de uma boa bossa, ou quem sabe mesmo uma música lírica, apenas instrumental. Alimenta-nos não o corpo, mas a alma. Como necessidade física que temos de ar, água e comida do corpo. Ás vezes é preciso uma massagem na alma.
E nada como uma boa música, um bom papo e umas boas risadas, mesmo que internalizadas. Como no instante em que estava em público: lembrei-me de coisas bobas e risíveis que me dizias, e sorri, com as mãos entre as pernas. Como um garoto se lembrando do sumo da manga que escorreu pela roupa ao pé da árvore. Ou assim como mãos que se entrelaçam no escuro da noite e sussurram doidices pelas tardes nubladas.
De nada sei. ( Para refletir, apenas)
Sendo assim, a burca rosa seria a indumentária mais apropriada para tal fim. Dessa maneira, a mulher estaria ao mesmo tempo gozando do seu direito a um lazer saudável e pleno, ao mesmo tempo em que estaria a salvo dos olhares gulosos dos surfistas locais. Pois o rosa é uma cor deveras feminina, ressaltando assim a florescência humana daquela que a traja, de igual forma denotando o respeito da mulher para com seus preceitos religiosos.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Sílvio "no breu"
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Ninguém ganha sozinho
domingo, 31 de outubro de 2010
O desrespeito com a terra do povo.
sábado, 16 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
REPÚDIO AO ASSASSINATO DE VEREADOR EM ANALANDIA SP
O vereador foi assassinado dentro de sua casa por dois pistoleiros que se utilizaram de uma motocicleta para se evadirem. A cidade de Analandia tem sido palco de uma série de escândalos de corrupção na administração municipal, assunto já levado ao ar pelos repórteres do CQC, que também sofreram agressão na cidade.
Segundo consta, o vereador estava investigando um novo esquema de desvio de recursos públicos quando foi brutalmente assassinado.
Esse fato reflete bem o que está acontecendo atualmente no país. O dinheiro público é desviado por máfias organizadas que se sentem cada vez mais à vontade para agirem, inclusive para cometer assassinatos a sangue frio daqueles que ousam impedir esses crimes. A sociedade brasileira precisa dar um basta a este estado de coisas. Mais do que um episódio isolado, o assassinato do vereador José Nalin exprime um estado de espírito do crime organizado que se encontra fortalecido e atuando em todo o país
A sociedade se encontra encurralada e amedrontada por diversos sinais do avanço da violência, da impunidade, e do continuo abandono do cidadão por parte do estado. O cidadão que pretende exercer a cidadania e fazer cumprir a lei é tratado como Dom Quixote por parte das lideranças que deveriam fazer cumprir a Lei.
Acho que é chegada a hora de conclamarmos toda a comunidade e as lideranças sérias desse país a condenarem esse ato e a solicitarem das autoridades a apuração dos fatos para que os autores e os mandantes sejam devidamente punidos. Que esse episódio não seja mais um daqueles listados no longo repertório das impunidades, e dos atos que minam a cidadania e a democracia nesse país.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNAL ALÔ MONLEVADE
Há um problema novo nas escolas brasileiras: a indisciplina nas salas de aula assumiu tais proporções que muitos professores estão com medo dos alunos. Indagações acerca do problema de indisciplina nas escolas, principalmente nas públicas, têm aumentado muito nos últimos tempos. Onde está o problema da disciplina?
Segundo Ednei Xavier, pós-graduado em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, não há lugar único e nem se trata de um único problema.
CONFIRA A ENTREVISTA COM O PROFESSOR, QUE COORDENA O CENTRO EDUCACIONAL DE JOÃO MONLEVADE E LECIONA NA ESCOLA ESTADUAL MANOEL LOUREIRO.
ALÔ: ONDE ESTÁ A RAIZ DA INDISCIPLINA NA ESCOLA?
EDNEI XAVIER: Não se trata de um único problema. Com toda certeza, o professor é o menor dos problemas. A permissividade, a falta de limite e a pouca aprendizagem que permeiam a vida do adolescente de hoje, contribuem, e muito, para que tenhamos alunos menos comprometidos na sala de aula. É da escola que o adolescente mais gosta e não da sala de aula. Isso, talvez, pelo fato de que ele tenha recebido, por parte da família, pouca ou nenhuma orientação acerca da importância do aprender. Pesquisa séria e feita por um instituto não menos sério, do banco Itaú, comprova que 70% do fracasso escolar e da indisciplina são atribuídos à família. Contudo, o governo também colabora muito para este quadro caótico em que vive a educação no país. A sala de aula ainda não é um ambiente atrativo para O adolescente de hoje que, acostumado às altas tecnologias, ainda vive em um modelo de ambiente escolar construído ha séculos e que em quase nada se modificou. A combinação de tudo isso gera a indisciplina que reina absoluta nos dias de hoje.
QUAL É O GRANDE DESAFIO DO EDUCADOR NOS DIAS ATUAIS?
O grande desafio par ao professor de hoje é preparar o aluno de maneira a que ele desenvolva habilidades que o levem a criara condições e mecanismos de defesa para a sua sobrevivência profissional e como cidadão em sua plenitude. O professor tem ainda que lidar com problemas que poderiam ser resolvidos no seio familiar (a falta de formação humanística).
O QUE TEM SIDO FEITO E AINDA PRECISA SER REALIZADO PARA QUE A ESCOLA ATINJA UM NÍVEL DE EXCELÊNCIA NO BRASIL?
Apesar de pesquisas recentes apontarem um percentual de aproximadamente 13% de professores sem preparação para a função, o profissional atual, sem sombra de dúvida, está mais bem preparado que o do passado que, além de autoritário, era livresco, tinha pouca formação acadêmica e se limitava a atender ao regime da época, ou seja, autoritário. Inclusive, a idéia de que o professor era quem detinha o conhecimento era sempre cristalizada. E era com essa idéia que o “ensino” se processava, mas a aprendizagem ficava à deriva, pois o que se ministrava era um monte de conteúdos desconectados da realidade do aluno, combinado a regras e mais regras a serem decoradas. Hoje este quadro mudou e as escolas e os profissionais da educação estão mais estruturados, embora haja muito para fazer, principalmente nos aspectos, físicos, pedagógicos e na relação escola e família.
O QUE UMA BOA ESCOLA DEVE OFERECER?
Valorização do profissional da educação: cuidando da sua cabeça (sempre investindo na capacitação do professor), do seu coração (dando ao professor um tratamento carinhoso, procurando sempre fortalecê-lo, pois PE ele que está à frente do processo, evitando desgastes desnecessários e doenças recorrentes da profissão, pois enfraquecê-lo seria, no mínimo, pouco inteligente) e do seu bolso (pagando-lhe um salário decente e legal, para que possa viver dignamente), manutenção das escolas, no que diz respeito à parte física e pedagógica e parcerias com a família do aluno e toda a comunidade escolar são caminhos que nos ajudam a construir uma escola de excelência onde, com toda certeza, efetivar-se-iam projetos educacionais, culturais e sociais que se reverteriam em benefícios para toda a sociedade.
HÁ ANOS TÍNHAMOS NO BRASIL UM NÚMERO RESTRITO DE ESCOLAS PÚBLICAS, MAS DE GRANDE QUALIDADE. HOJE, COM A EXPANSÃO DO ENSINO PÚBLICO, ESSA QUALIDADE NÃO É MAIS A MESMA. EM SUA OPINIÃO O QUE PODE SER FEITO PARA MELHORAR ESSE QUADRO?
Como foi dito, o quadro mudou e para melhor. Com certeza, o professor de antes não atenderia, nem de longe, às necessidades de hoje, visto que se limitava a apenas reproduzir conhecimentos pré-estabelecidos em livros didáticos, tornando-se meros repassadores de conhecimentos, sendo apenas eles o sujeito do processo, enquanto ao aluno era reservada somente a obrigação de receber o conteúdo que lhes era ensinado. Porém, atendiam às necessidades da época.
COMO PODEMOS AVALIAR O ENSINO EM NOSSO MUNICÍPIO ATUALMENTE?
Apesar das distorções na educação local e que precisam ser sanada, o nosso município está em um lugar privilegiado, conforme resultados de massa recentemente divulgados. E só será possível acabar com essas distorções se houver cobranças de nossos governantes e administradores para que apresentem contrapartidas, no que diz respeito aos investimentos sérios e racionais na área da educação, para que o processo ensino-aprendizagem se efetive de fato.
COMO VOCÊ VÊ O PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL?
Está ainda engatinhando. O processo fica apenas no nível de compra das máquinas e nada mais que isso, pois os projetos para se trabalhar com a inclusão digital inexistem ou não atendem às necessidades. Sem falar que, por vezes, essas máquinas ficam desativadas e encostadas nos setores públicos.
QUAL SERIA A MELHOR FORMA DE TRABALHAR, EM SALA DE AULA, AS NOVAS TECNOLOGIAS COM NOSSAS CRIANÇAS E JORNAIS?
Dando aos alunos acesso a esses equipamentos e em condições de uso, profissionais mais bem preparados e projetos sérios que levem a efetivação do uso da tecnologia
QUAL O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO ESCOLAR?
A família é o pilar de sustentação de tudo em nossa vida e na educação escolar não seria diferente. Encaminhar cidadãos com princípios cristãos, religiosos e familiares para que possamos ajudá-lo na continuação da construção de valores com bases nesses princípios, é o papel principal da família.
campanha na contramão da história.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Qual seria o destino dos votos de Marina?
O primeiro grupo, é composto por eleitores que não estão satisfeitos com o PT nem têm saudades do PSDB. Esse grupo descarregou seus votos na Marina menos por convicção e mais por considerá-la uma candidata simpática, honesta, boazinha, que poderia, eventualmente, se converter numa terceira via. Foi falta de opção. O segundo grupo, o flutuante, foi determinante para levar a eleição para o 2º turno. É composto de eleitores pendulares, que não queriam José Serra, estiveram indecisos num período, declararam votos para Dilma, mas próximo da eleição desistiram e votaram em Marina. Esse grupo é muito heterogêneo. É formado por eleitores que não gostaram dos escândalos no Governo (quebra de sigilo e episódio da Casa Civil) e também se deixaram influenciar pelos boatos de que a candidata Dilma era a favor do aborto, da união civil de pessoas do mesmo sexo e que teria declarado que “nem Cristo" tiraria sua eleição em primeiro turno.O terceiro grupo, acredito que seja formado por pessoas que antes votavam no PT, mas que se sentiram traídas ou chateadas com determinadas políticas públicas ou com a postura das autoridades. Inclui, por exemplo, os aposentados do serviço público que tiveram que pagar contribuição previdenciária, os pensionistas que tiveram redução na pensão, os servidores que não tiveram reajuste, além de pessoas que resolveram punir o PT por suposta arrogância no Governo.O quarto grupo é formado pelos eleitores convictos que têm certeza do voto, ou seja, acham que Marina é mais preparada para governar e possui o melhor programa. É um grupo heterogêneo, formado majoritariamente por intelectuais, jovens, por pessoas de classe média alta e também por gente humilde. Seu universo, entretanto, não passa de 5% do eleitorado brasileiro ou um terço dos votos da Marina. Entre os postulantes à presidência da República, Marina foi poupada pelos dois principias candidatos, José Serra e Dilma Rousseff, ambos interessados em seus votos, na hipótese, que afinal se confirmou, de 2º turno.Ninguém poderá afirmar, com certeza, para quem irão esses votos, se para Dilma ou Serra, ou, se ainda, serão anulados. O mais provável é que estes votos sejam distribuídos igualmente entre Dilma, Serra e abstenção ou nulos. Nesse caso, se Dilma mantiver os votos do primeiro turno e acrescentar mais um terço dos votos dados a Marina terá sua eleição assegurada. É essa a minha aposta.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
O novo governador e suas vontades.
domingo, 19 de setembro de 2010
Que venha a primavera...
Vamos ao assunto: Se nenhum fato novo acontecer, se depois de cada noite raiar um novo dia, na próxima semana teremos uma boa novidade. Esta escrito lá: à 00h09 desta quinta-feira ,23 de setembro,chegará a primavera.
Alegrai-vos! Todo inverno um dia chega ao fim e toda mudança de estação é um bom motivo para renovar as esperanças e mudar velhos hábitos. Sejamos poéticos, portanto: é tempo do amor e da flor, de voltar às praias, às caminhadas e às academias, fazer planos para as férias, cuidar do jardim, dar um beijo de surpresa, respirar fundo e sentir que continua vivo.
Céticos e diabéticos, jovens tristes e idosos sapecas, moças recém-casadas ou encalhadas, candidatos em dificuldades ou artistas em decadência, crianças santinhas ou capetas, gordos e magros, carecas e cabeludos, fumantes e não-fumantes, boêmios e abstêmios, humildes e fanfarrões, preparem seus corações.
Ipês de todas as cores enfeitam as ruas, falta pouco para a primavera chegar.
Como nem tudo é perfeito, os médicos alertam nesta época do ano para os riscos da rinite alérgica provocada pela polinização das flores, que pode provocar tosse, espirro e coriza. Toda beleza, todo bem, toda alegria, como sabemos, tem seu preço. Vale a pena pagar para ver. Que venha a nova estação trazendo um ar mais respirável e almas mais leves.
Boa primavera e bom domingo a todos.
Vacinação antirrábica
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Santa Laranja
Que potência nos dá pelo gole contínuo de seu suco. Sentimos imediatamente uma recuperação palatal e aos poucos parece recompor toda a musculatura que trisma na febre, na dor e no calor.
Corizas se vão...tosse suspendida...recomposição requerida.
Ainda mais interpõe um campo de proteção que pode nos manter na sanidade permitida para o convívio urbano e insalubre. Viva a laranja!
Queria ter uma forma mais tênue para retirar da mesma o bom, o forte, o necessário. Ledo pensamento! Precisamos espremê-la. Retirar o supra sumo máximo significa deixá-la exposta ao nada...ao simples conteúdo de casca (azêda) e ao bagaço...remete-se provavelmente ao lixo.
Obrigado minha laranja. Desculpas por não respeitar tua estrutura, tua forma, tua essência.
Talvez a humanidade faça isso sempre...com as coisas (pessoas?) que apresentem algo de bom...que possa dar algum usufruto...que seja útil...que seja interessante.
A sugação cosmopolita...a centrífuga força da destruição de essências, corpos, seres...
Em que caminho estamos? Do sabor ou do (des)sabor? Da beleza da natureza ou da feiura da usurpação?
Por enquanto, agradeço pelo meu suco.
Será que estamos todos esperando Godot?
Obviamente que essa peça pode adquirir contornos individuais, e cada um pode interpretá-la de forma individual. Mas a esperança, creio eu, é um valor individual. Todos nós, independente de tempo e espaço, acreditamos em um acontecimento ou pessoa que venha a modificar a nossa pequena vida, e os métodos pelos quais esse fato ocorreria são também únicos. Durante toda a história Godot adquiriu roupagem diversa. Poderia-se dizer que durante o Feudalismo ele se travestiu na promessa do servo que almejava adquirir a sua liberdade e deixar de depender do seu senhor, sem ter de lhe pagar altas taxas e se manter preso a um sistema social arcaico e de papéis sociais bem definidos. Durante a Revolução Industrial Godot apareceu para os operários como uma esperança de salários e condições de trabalho dignas, em que, se não se obtivesse riqueza, ao menos os trabalhadores ganhassem o suficiente para assegurar-lhes uma existência digna. Já durante a Revolução Russa de 1917 se acreditava que Godot (inconscientemente) apareceria com uma nação sem disparidades sociais, em que tanto o jardineiro quanto o alto empresário tivessem os mesmos reconhecimentos e igualdade perante a lei e o governo.
Enfim, o mais interessante nisso tudo é o que esperamos, sempre, durante toda a nossa vida. Sonhos, ilusões, utopias, ideologias, ou simplesmente crenças religiosas. Todas elas tem por fim nos fazer crer em algo. Dinheiro, filhos saudáveis, família feliz, êxito profissional, justiça social, o fim da guerra no Iraque, igualdade entre os sexos, aquisição da casa própria, o tapamento do buraco da rua onde moramos, o reprise na televisão daquele filme que adoramos, aquele produto top de linha na loja do shopping, enfim, nossos desejos são realmente das mais variadas naturezas e nenhum deve ser encarado com pequenez em detrimento de outros. São os sonhos também que fazem de nós ser o que somos, e são eles também que nos mantém, em certo grau, a continuar vivendo.
Eu também tenho o meu Godot, é claro. Quando adolescente, acreditava que poderia usar o meu pretenso talento com as palavras na transformação de uma sociedade mais igualitária, sem tantas desigualdades sociais. Obviamente queria por consequência um rendimento que me proporcionasse uma vida confortável e com acesso aos produtos que almejo ou mesmo necessito. Mas o tempo passa, e muitas vezes a vida nos encaminha por vertentes diferentes daquela que nos moveu anteriormente. Hoje posso dizer que meus sonhos de juventude não se realizarão daquela forma, mas Godot não me desapareceu por completo. Apenas trocou de roupa. Continuo crendo na transformação social através da palavra e dos seus desdobramentos, como popularização da arte e cultura entre os homens, o que viria a torná-los mais cientes do seu papel crítico. E é isso que me mantém, mesmo com todos os pesares. Mas não sei quais serão as minhas esperanças dentro de alguns anos. Mesmo assim, continuo esperando Godot, e, enquanto existir, continuarei colocando mais um lugar à mesa e imaginando o que dialogaremos se ele finalmente aparecer. E você, o que espera dele?
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
O dia da Independência (7) foi comemorado com desfile cívico-militar.
O monlevadense, apesar da turbulência e transtornos políticos em que vive, tem um sentimento cívico muito forte. O motivo disso é que Monlevade tem uma tradição nos desfiles cívicos.Estive presente no evento, prestigiando e representando a minha escola. Pude perceber, na ocasião, que o sentimento cívico era especialmente notável nas gerações mais jovens dos alunos que participaram do desfile. Nossos jovens estão mais preparados. Conhecem melhor a história de nosso país, acredito.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A dívida.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O apedrejamento e outras formas de suplícios letais
Deve ter causado espanto aos menos informados, a persistência da pena de morte por apedrejamento no Irã contemporâneo. As grandes mídias, para variar, trataram do problema com elevado nível de "espetacularização", sem qualquer preocupação em esclarecer. A lapidação, tal como é conhecida, aparece nos Evangelhos, no episódio do encontro de Jesus com Maria Madalena. Trata-se de um modo muito antigo de executar pessoas, acusadas de crimes que pretensamente feririam a moral pública e privada. Destaca-se, como um dos mais cruéis meios, ainda existentes, de matar para organizar a sociedade ou para vingar a moral estabelecida. A crucificação, desde bem antes de se transformar em um símbolo religioso, foi a principal forma de execução usada pelos romanos em séculos de história. A fogueira, como modo de eliminar os acreditados como inimigos da Igreja, tem uma longa história de terror.
O espelho da barbárie existente nos países muçulmanos deveria ser usado para se discutir os motivos da persistência histórica de antigos costumes lá, como em todo o planeta Terra. Deveria, igualmente, servir para se atacar e tentar erradicar todo e qualquer tipo de tratamento desumano e degradante, praticado em qualquer quadrante do mundo atual. Facilmente, se podem levantar transgressões aos direitos humanos cometidas pelos países mais ricos e pelas culturas mais letradas. A barbárie não é privilégio de nenhuma etnia ou religião, a não ser que se aceitem os critérios racistas. A questão dos direitos humanos não deve ser compreendida como algo válido somente para as culturas que os propuseram. Ao levantar esta bandeira, nenhuma formação histórica nacional está livre de ser examinada em suas mazelas. O resto é hipocrisia pura, esta, moeda corrente no mundo contemporâneo.
domingo, 8 de agosto de 2010
Pirâmide ou bancarrota ? Afinal...
Preliminarmente foi isso que aconteceu, mas a atitude desse senhor não deixa de ser irresponsável e leviana e, portanto, precisa prestar conta de todo o dinheiro investido e administrado por ele.Não acredito em pirâmide e sim em bancarrota mesmo, ou seja, má gerência intencional para possibilitar o desfalque. Afinal, ele tinha toda a autonomia para decidir sobre entrada e saída de dinheiro e, por isso, com acesso para saques e depósitos. A justiça precisa ser exemplarmente exercida e coibir isso tipo de manobra financeira, porque se a moda pega por aqui, com certeza, nao sobrará ninguém para contar a história, pois nossa esconomia é infinitamente inferior à dos Estados Unidos da América. Lá a perda foi da ordem de bilhões e, mesmo tendo conseguido desestabilizar o mercado, o país está saindo, com dificuldades, claro, da situação que o senhor Madoff de lá proporcionou para aquela trilhardária (dólar) economia.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
A família e os reflexos na escola.
Segundo pesquisadores da Universidade de Rochester, em Nova York, ambientes familiares pouco equilibrados prejudicam o comportamento das crianças fora de casa. Os pesquisadores dividiram as famílias infelizes em dois grupos: de um lado, ficam as famílias frias e controladoras e, de outro, aquelas conflituosas e intrometidas. Ainda, segundo os autores da pesquisa, outros fatores, além de família desestruturada, podem levar a comportamentos problemáticos na escola, tais como: vizinhanças violentas, escolas despreparadas e traços genéticos também determinam se as crianças terão ou não dificuldades no aprendizado. Considerando todos esses fatores acima, custa-me, então, a acreditar que os problemas inerentes à educação neste país, tão cedo serão solucionados.
sábado, 24 de julho de 2010
Ficha Limpa e a impugnação de candidaturas.
Elas dizem mais: ”a vitória da Lei da Ficha Limpa, aprovada graças à coleta de quase 2 milhões de assinaturas de cidadãos em todo país, mostra que a sociedade brasileira não mais aceitará na vida pública, políticos que não tenham bons antecedentes criminais ou que não estejam comprometidos com o bem estar da sociedade”.Portanto, o político que não tiver uma vida pública ilibada com certeza será atingido por essa vontade do brasileiro, que deseja eleições limpas, que começa com candidatos ficha-limpa, para que o exercício do voto pelos cidadãos nas eleições de 2010, possa realmente significar uma mudança na vida política de nosso país, de nosso estado ou cidade.
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE),órgão do qual faz parte o Movimento Voto Consciente, tem orientado o eleitor, através dos seus núcleos espalhados por todo o país, a fazer denúncias ao Ministério Público Eleitoral (MPE) sobre a postura e a vida dos candidatos que vão disputar o pleito de outubro.
Quero aqui prestar solidariedade aos valorosos membros desses dois Movimentos, que apesar de terem suas ocupações profissionais, não poupam esforços no cumprimento de suas funções de educar para o exercício da cidadania, visando à participação política dos cidadãos, prevista em nossa Constituição Federal.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Já me cansei...
Cansei dos traficantes
Cansei de compactuar com ditadores
Cansei de investigações
Cansei de votos vendidos
Cansei dos viciados
Cansei da falta da educação
Cansei do descaramento
Cansei do excesso de leis
Cansei da seca
Cansei da indústria de processos
Cansei da miséria
Cansei de Conselhos
Cansei de Corregedorias
Cansei do esbanjamento
Cansei de ver idoso mendicante
Cansei da falta de remédios
Cansei da pedofilia
Cansei de ver nossas matas desmatadas
Cansei de ver chics
Cansei de ver juiz ladrão
Cansei de ver miserável
Cansei da fome
Cansei da violência contra as mulheres
Cansei de ver nossos jovens drogados
Cansei das emendas/arranjos políticos
Cansei de ver buracos nas estradas
Cansei de não ver médico nos hospitais
Cansei de ver mosquitos com vírus
Cansei de ver esgoto
Cansei de ver ratos
Cansei de ver nossa água poluída
Cansei de ver nossas empresas investigadas
Cansei das medidas
Cansei de ver fiscal autuado
Cansei de ver lixo
Cansei de censura
Cansei de balas perdidas
Cansei de chorar
Cansei dos escrivães safados
Cansei dos tráficos
Cansei de ver cruzes
Cansei de ver policial matando
Cansei de traidores
Cansei do luto
Cansei da paz fictícia
Cansei dos imundos
Cansei de ver policial ladrão
Cansei do silêncio
Cansei de ver coronel preso
Cansei da desordem
Cansei de ver policial morrendo
Cansei de ver o descaso do judiciário
Cansei de ver desembargador ladrão
Cansei de ver deputados em castelos
Cansei do deboche
Cansei da violência
Cansei da falta de moral
Cansei de perder meus direitos
Vamos falar sério:
Quanto querem para deixar o Brasil em paz?
sábado, 3 de julho de 2010
Esse é mais um verbete que fez parte de nossa vida e, de maneira bem ruidosa, devido à greve dos Educadores de Minas Gerais, diga-se de passagem, por culpa única e exclusiva desse desgoverno que, por incompetência, falta de honestidade com a coisa pública e falta de vontade política levou a categoria a deflagrar a greve. E, como se não bastasse, fez ameaças aos educadores e conseguiu liminares suspeitíssimas e questionáveis. Tudo foi feito contrariando os princípios da ética e ferindo a Constituição. A determinação dos Educadores deixou clara a incapacidade do Sr. Anastasia de administrar um dos maiores estados da federação. Custa-me acreditar que, em pleno século 21, as coisas ainda aconteçam à revelia e com um fascismo desmedido e “às claras” para toda a sociedade. Pessoas que foram eleitas para administrar e deveriam, por excelência, zelar pelos interesses de uma comunidade que paga impostos. Mas o que vimos foi sói truculência de uma pessoa totalmente despreparada para governar. Tudo feito de maneira irresponsável e, para agravar a situação, faíscas resvalaram em um seguimento que não tem nada a ver com a fragilidade do sistema governamental: a família e por extensão a Educação que, como sempre, vem sofrendo com a indiferença do setor público. Interrupção das aulas, comprometendo sobremaneira os planos e projetos de funcionários e comunidade escolar como um todo, emperrando o processo ensino-aprendizagem, causando estresse e insegurança para todos. E para rematar a confusão, informações desencontradas no próprio governo e a intransigência para negociar só vieram reforçar a nossa condição de lutadores por direitos adquiridos por Lei Federal, estendendo assim, e por um tempo considerável, a greve na Educação do Estado trazendo, sobremaneira, prejuízo à comunidade.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Programa de Índio
Indio da Costa e o escândalo do super faturamento da merenda escolar no Rio de Janeiro.
É!!!!!!!, estamos no mato sem cachorro como dizia minha avó.O PSDB virou programa de Índio. Essa é a maior prova de que o DEM não acredita na eleição do Serra, como bem disse o seu presidente, o imberbe Rodrigo Maia.
Duda Mendonça e seus tentáculos.
domingo, 27 de junho de 2010
Forasteiro falastrão
Políticos que agem pelo avesso...
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Faltou habilidade ao Anastasia...
segunda-feira, 7 de junho de 2010
A nova mídia e o tempo
sábado, 5 de junho de 2010
Avenida em festa...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
LIMITES - linha ou ponto divisório; linha de demarcação etc
O limite entre o público e o privado
Quem nunca observou casais de jovens –novos até – em um relacionamento que caberia bem melhor em local privado por ser considerado íntimo? E, em geral, a reação que temos ao testemunhar esse tipo de cena é a de moralizar o comportamento dos jovens. É fácil dizer ou pensar nessa hora, que eles não sabem respeitar o publico, que não têm vergonha, etc.
Adulto adora moralizar o comportamento de jovens e nem sempre se dá conta de que o que eles fazem foi a eles ensinado por nós, de um jeito ou de outro. Por exemplo: qual a diferença entre assisti a uma cena mais ousada entre dois adolescentes que agem assim em pleno espaço público e ouvir, em situação semelhante, uma briga de casal que se desenrola pelo celular ou numa mesa de bar? Aliás, quem é que já não teve que compartilhar conversas íntimas em situações desse tipo? E o mais interessante é que o constrangimento fica mais por conta de quem ouve do que de quem vive a cena, não é verdade?
Bem, mas como tem sido bem difícil aos adultos construir e delimitar a privacidade, do mesmo modo tem sido difícil saber como e o que ensinar aos filhos a esse respeito.
Para ilustrar isso, darei um exemplo de uma mãe que me procurou juntamente com sua filha de 14 anos, que, ao ser interpelada pela mãe sobre um possível namoro “escandaloso” na rua, perguntou pra mãe se o que fizera seria diferente do que ela (mãe) e seu pai faziam também. A mãe disse que não, eles faziam coisas desse tipo e outras, só que essas cenas de intimidade eram compartilhadas no quarto do casal. Embora a intenção dessa mãe tenha sido boa, querendo dar uma lição de privacidade, passar para a filha a idéia de que há coisas que não se fazem na frente dos outros, já que interessam apenas aos envolvidos, é preciso lembrar que uma boa intenção nem sempre toma a forma de uma boa ação. O que a mãe conseguiu agindo como agiu foi expor a intimidade dela e do marido à filha, mesmo que com palavras. Ela não se deu conta - justamente pela confusão em q vivemos - que intimidade não se restringe ao que se vê,mas ao que se ouve também. Ela não se deu conta de que há um limite entre a vida do casal e a dos filhos que deve ser preservado,mesmo com custo.
Quando a interpelei lembrando que ela poderia te respondido à filha que esse assunto não era da conta dela, ela reagiu com veemência dizendo que não queria de modo algum, ser uma mãe autoritária.
E aí nos defrontamos com outra confusão típica de nossos dias. Afinal qual é a fronteira entre relações mais democráticas, considerando-se a tarefa educativa dos pais?
Ainda aproveitando o exemplo dado, podemos vislumbrar uma pista. Pais autoritários não permitiriam ao filho que se abordasse o assunto “sexo” com eles. Pais mais democráticos aceitam, sim, dialogar sobre o tema, mas numa abordagem sócio-cultural e não da intimidade da vida de cada um. E é bom lembrar que o inverso também tem acontecido; muitos pais extrapolam seu papel e sua tarefa educativa quando esmiúçam a vida íntima dos filhos. E nem adianta usar o argumento da necessidade de orientação: é perfeitamente possível orientar os filhos sem ter de saber detalhes da vida sexual ou amorosa deles.
Vale ressaltar que, apesar de o tema ter sido abordado no âmbito das relações humanas, serve também para as nossas funções trabalhistas e políticas. Inclusive na política, que anda muito vulnerável, devido à existência, via de regra, de atitudes e comportamentos nada éticos de muitos políticos como vem sendo demonstrado ao longo desses quinhentos anos de Brasil.
ESCLARECIMENTO SOBRE A GREVE DA EDUCAÇÃO
Como membro da diretoria do Sind-Ute – subsede desta cidade, vou relatar através do texto produzido por mim e endossado por todos os professores e professoras com os quais me reuni durante a semana passada, os motivos e circunstâncias que nos levaram a deflagrar a greve em nosso município, em consonância com o comando de greve Estadual. Ressalte-se que a leitura do texto não objetiva convencer ou persuadir ninguém. Esse texto tem por objetivo apenas relatar situações realmente vividas pela categoria e à luz da racionalidade e sem conotação outra que não seja uma política pela Educação de qualidade.
Os ataques covardemente desferidos contra a categoria e o pensamento simplista, quando não tendencioso, de que a greve dos Educadores de Estado é política, forçaram-me a vir aqui para dizer que concordo sim, que não só essa greve como todas as outras que foram deflagradas e outras futuras, serão políticas. Afinal, o termo política incorpora acepções que vão muito além das questões partidárias a que aludiram o jornalista, Thiago Moreira, e outras pessoas. Os Mestres deste rico Estado esperaram, por questão de educação, confiança neste governo e respeito ao prazo (31/12/2009) que a Lei do Piso determinou para a implantação do piso a partir deste ano, mas não foi o que aconteceu. O fato de a greve ter sido declarada ilegal não quer dizer, em momento algum, que não seja justa e muito menos seja partidária. O governo do Aécio/Anastasia teve tempo suficiente (mais de dois anos) para fazer uma reestruturação na carreira do magistério, propiciando, assim, por mérito dos Mestres e obrigação legal, não só um salário digno, como também, escolas com estruturas físicas adequadas e estruturas didático-pedagógicas para assegurar a boa qualidade no processo ensino-aprendizagem. E não o fez porque não quis, não achou relevante nem essencial fazê-lo, só viu a sua essencialidade, na hora de entrar com recurso para tornar a greve ilegal, mesmo que o item Educação não conste como serviço essencial na Carta Magna. A luta dos Mestres é justa e merece respeito, visto que se faz necessária para melhoria do ensino no nosso Estado, cujo governo paga hoje um dos piores salários do Brasil, mesmo estando entre as três maiores economias da nação.
Digo mais: venho acompanhando em todos os jornais notícias que me interessam. São vários temas, mas um, obviamente, desperta a minha atenção: desvio de verba da Educação. Tema com reportagens recorrentes e pelo Brasil afora, e muito me admira que até hoje ninguém tenha sido preso por isso. Depois somos obrigados a escutar que “quando um aluno é reprovado, é sinal que o professor falhou”.
Nunca ouvi um grande entendido em educação dizendo que a Câmara falhou, prefeito (a) falhou, secretário (a) de educação falhou, o Ministério Público falhou, a justiça falhou… São todos insuspeitos defensores da educação para todos. Então, caros jornalista e pessoas que o acompanham, recomendo que ao falar para essa classe sofrida, que o faça com cautela, respeito e responsabilidade, procurando, inclusive, conhecer as duas redes públicas - Estadual e Municipal - que temos em nossa cidade e fazer um paralelo entre elas. Assim, verão que têm sido levianos e covardes nos ataques, pois a rede Municipal, mesmo não atendendo como deveria, ganha da do Estado e, de longe, quando o assunto é compromisso com a Educação de qualidade, além de o contracheque municipal, que também e apesar de não contemplar o piso, superar, e muito, o do Estado, embora a verba seja proveniente do mesmo caixa, ou seja, o FUNDEB.
Vale ressaltar ainda, que a revista Carta Capital já deu informação de desvios de verba, há vários meses, e só agora, no corrente mês, foi confirmado pelo MEC e, com especial atenção ao desvio maior, oriundo do Estado de São Paulo –cerca de 700 milhões - e ninguém deu a menor importância. Por coincidência, os três principais estados acusados de sonegação eram Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. E para finalizar, diferente do que você, caro jornalista, disse, a Coordenadora do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira, em momento algum, chamou o deputado Mauri Torres para uma negociação. Afinal, isso se não é, deveria ser obrigação dele como parlamentar e, em especial, como líder do governo no Legislativo, visto que ele votou contra todas as emendas que melhorariam o projeto imoral e desrespeitoso do qual o Governador forçou a aprovação naquela casa. Acredito que esse momento para ele, Mauri Torres, seja de reparo pelo crasso erro que cometeu ao rejeitar emendas de relevância que, com certeza, tornaria o projeto original mais democrático e condizente para uma classe que não tem mais a quem recorrer.