quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Santa Laranja

Em meio a mais uma crise anual (pessoal) dessas ITE's (faringites, rinites, etc) percebo a força da laranja.
Que potência nos dá pelo gole contínuo de seu suco. Sentimos imediatamente uma recuperação palatal e aos poucos parece recompor toda a musculatura que trisma na febre, na dor e no calor.
Corizas se vão...tosse suspendida...recomposição requerida.
Ainda mais interpõe um campo de proteção que pode nos manter na sanidade permitida para o convívio urbano e insalubre. Viva a laranja!
Queria ter uma forma mais tênue para retirar da mesma o bom, o forte, o necessário. Ledo pensamento! Precisamos espremê-la. Retirar o supra sumo máximo significa deixá-la exposta ao nada...ao simples conteúdo de casca (azêda) e ao bagaço...remete-se provavelmente ao lixo.
Obrigado minha laranja. Desculpas por não respeitar tua estrutura, tua forma, tua essência.
Talvez a humanidade faça isso sempre...com as coisas (pessoas?) que apresentem algo de bom...que possa dar algum usufruto...que seja útil...que seja interessante.
A sugação cosmopolita...a centrífuga força da destruição de essências, corpos, seres...
Em que caminho estamos? Do sabor ou do (des)sabor? Da beleza da natureza ou da feiura da usurpação?
Por enquanto, agradeço pelo meu suco.

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